O homem desde a antiguidade explora cada sensação do seu corpo, a de ser humano.
Depois de uma breve viagem de 10km até uma cidade vizinha, pequena e bem acolhedora, decidiram ir a um boteko que mantinha viva a chama do velho e bom rock n’ roll, sendo aquele local, considerado por muitos daquela cidade como o templo do capeta(cidade pequena tem dessas coisas).
O local era escuro com uma arquitetura exótica. Vinis pregados no teto, artesanatos amazônicos, molduras com fotos de grandes ícones falecidos da música e do cinema, mas um daqueles vinis chamou a atenção, o Conga Conga Conga da embaixadora arcaica do rebolado, Gretchen. Estranho para um bar com aquela atitude sombria, talvez fosse pela simpatia masculina ou por um alto senso de humor.
Um vinil raro, às vezes pode ter poderes e desencadear situações estranhas. Ali, naquele momento, um fato começou a se desenrolar e talvez com um desfecho imprevisível e um tanto cômico.
Aos poucos as pessoas foram se acomodando, retirando seus entorpecentes lícitos no balcão... o som fora ficando mais alto, o estado sóbrio foi se despedindo e agendando a volta para manhã seguinte, a banda começa a tocar, só resta aproveitar, mas aquela noite seria ainda mais divertida.
Uma mulher na faixa dos seus 38 anos com um exagerado cabelo vermelho, encaracolados e do outro lado, quase sem cabelo a la Homer Simpson nos altos dos seus 45 anos, o seu namorado.
Até então um casal como qualquer outro, aproveitando a noite com beijos e abraços inocentes, inocentes?
O clima foi esquentando para aquele casal sênior, as mãos iam escorregando sem querer, pegadas mais fortes, beijos com línguas expostas, até que a mulher de cabelos vermelhos arriscou um passe de forró, tipo aquelas acrobacias elásticas e sensuais e se jogou no ponto de virilidade masculina. Para os obrigados espectadores, assistir aquilo era um sinal de que a noite seria longa para aquele casal, de que seria um misticismo a ideia de que quanto mais experiente, menor seria o desejo pelo parceiro.
Confinados a participar daqueles momentos com o casal alucinado, só restara aproveitar as boas risadas.
A noite acabou, o casal frenético se retirou mais cedo, imagino que seria para explorarem toda aquela explosão de hormônios.
Passam os dias e as más línguas de plantão fazem uma revelação. Elas sempre estão atentas e antenadas com os “bafos” do momento, principalmente em cidades pequenas e como competentes que são, não podiam ficar de fora desse acontecimento.
Descobriram que o casal frenético, não conseguiu realizar aquela esticada e aproveitar a revolução dos seus hormônios.
O cara que talvez se tornaria um ícone para a classe masculina, um herói, um exemplo, foi egoísta e disse: “ Estou bêbado. Vou pra casa”.
Fim!
Quis encerrar por aqui, assim mesmo, do nada, para você perceber e entender o sentimento que a pobre mulher sentira, do nada acaba, sem um desenrolar, sem uma emoção, sem uma trama, apenas fim.
Breve momento de reflexão;
Graças a Deus existem homens assim, que desfazem dos desejos femininos, que agem e pensam exclusivamente em si e com certeza uma mulher inteligente jamais se sentirá satisfeita ao lado de MACHOS assim, que abrem brechas para que a cada dia, frases clichês ganhem mais força.
“Não deu assistência. Abre espaço pra concorrência e perde a preferência”.(Tosco, mas com um fundinho de realidade e até um com um Q de publicidade).
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